Pego na guitarra.
Toco algumas notas,
acordes frágeis
ante a desmesura do desamparo.
As cordas vibram o ar
deitando por terra o iconoclasta,
num espaço onírico de sobressalto.
Como é débil o sonho!
Como é tíbio o sono!
E como são vãs todas as coisas
que estão para além do teu corpo
tíbio,
frágil,
mortal,
onde repouso o meu sonho.
Todos os medos são inúteis
ante a indiferença da morte.
Jorge Jardim
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