quinta-feira, março 27

Outros vêm chuva.
Eu beijo-a com a sede
do lavrador da terra seca.
Vejo-a através das gotas da vidraça
crescendo verde como erva.
Outros vêm apenas chuva.

Beijo-a quando se precipita
em campos, árvores e flores
antecipando a estação dos amores.
Vejo-a no conforto do tecto
0nde outros vêm apenas chuva.

Jorge Jardim

2 comentários:

Afonso Sade disse...

Já andava a ressacar da tua escrita!

Mto bom, estou a ver que a inspiração está de volta!

;)

JJSilva disse...

É verdade. Estou de volta à criação literária! ;))