terça-feira, dezembro 12

Citadino

Tenho saudades de ser menino
De andar descalço na terra suja
De rebolar na erva ressequida
Pelos últimos resquícios de Verão
De ficar
Até as horas já não contarem
Até a noite descer
Já tardia
Sobre o longo dia

Como tenho saudades
De correr atrás da bola,
Qual bola de sabão,
Até a noite apagar a baliza no horizonte
E trazer consigo
Todos os sonhos do mundo.

Jorge Jardim

1 comentário:

Afonso Sade disse...

És tu e eu... saudades de andar de fisga em punho a caçar pássaros, correr pelos campos em busca de grilos, brincar com as topeiras... porque é que crescemos? É tão bom ser criança... os problemas não aparecem, a saudade não existe...

Gostei!